sábado, 11 de julho de 2009

A vitória de Vitória

Estava navegando pelo blog de Ricardo Freire e li um post sobre Vitória. Fiquei surpresa e feliz, pois nas palavras dele, trata-se da mais "injustamente subestimada das capitais litorâneas brasileiras". Concordo. É engraçado, moro aqui há 18 anos e só agora Vitória está despontando, ainda que muito timidamente, como um roteiro turístico no Brasil. Nunca entendi muito bem esse descaso.

Por isso, quando leio em algum lugar alguma coisa sobre o Espírito Santo fico muito feliz. Principalmente, num blog como o Viaje na Viagem. Na verdade, o post foi escrito por outra pessoa, que esteve na terrinha recentemente. A Sylvia (autora do texto) deu umas dicas bem legais sobre Vitória (que eu resolvi complementar, espero que ela não se importe).



Novotel Vitória, na Praia do Canto, que fica a cerca de 10 metros do Triângulo das Bermudas. Foto: Divulgação


Ela ficou hospedada no Novotel. Foi uma boa escolha, já que ele está localizado numa das áreas mais nobres da cidade, a Praia do Canto, que oferece boas atrações, tanto de dia, como à noite. Eu sugiro, também, o Radisson, que proporciona uma vista maravilhosa da ilha. Outra opção, são os hoteis da Rede Bristol, são várias unidades na cidade.


O Radisson, um dos hoteis mais luxuosos de Vitória, o restaurante proporciona uma vista maravilhosa da Baía de Vitória. Foto: Divulgação


A Sylvia escolheu para almoçar o Deboni´s, no Mirante da Praça do Papa. Boa! Além da paisagem belíssima do local, o restaurante serve uma deliciosa comida - o sistema é à la carte, com direito à música ao vivo todos os dias. Outra sugestão dela, que eu concordo, é o Papaguth (27 3071-3269), que até o dia 18 deste mês realiza a saborosa Temporada da Lagosta.

Ainda bem que ela apostou numa visita à Ilha do Boi, com suas duas prainhas, a da Direita e a da Esquerda. São as melhores da capital - o local recebe, principalmente nesta época, a galera mais descolada da cidade. O bom aqui, é que mesmo no inverno dá para pegar um bronze.



O Hotel Ilha do Boi, não parece um navio? Foto: Divulgação


A Sylvia também não esqueceu de citar o Hotel Ilha do Boi, localizado bem próximo, que parece um navio entrando na Baía de Vitória (aliás, segundo os comandantes dos transatlânticos, ela é considerada uma das mais belas do mundo). Por isso, sugiro dar uma volta na ilha de catraia (uma espécie de canoa) - para contatar o catraeiro é só ir até o porto (lá tem vários) e combinar o preço. Vale a pena.

Quem quiser pode contatar também a Cores do Mar, que oferece um delicioso passeio de escuna pela Baía de Vitória, com saída do Pier de Camburi, localizado na praia de mesmo nome. A empresa proporciona, também, um belo roteiro de barco pelo manguezal.

Sylvia, é claro, não deixou de visitar a Praia do Canto, que abriga o Triângulo das Bermudas (a parte mais agitada). O bairro concentra boa parte dos restaurantes, bares, cafés e lojas da cidade. A minha sensação quando caminho por suas ruas é a de estar numa pequena Ipanema ou, talvez, num Leblon em tamanho miniatura.

Pelo jeito queria algo despojado, pois escolheu sentar no Saideira, uma choperia, a meu ver, estilo velho oeste, com mesinhas redondas tão altas quanto os bancos ao seu redor. Ótima para tomar um chope e petiscar (ela optou por um sanduíche), principalmente no final da tarde e, claro, de expediente. Ali, o que não falta são opções para sentar e conversar fiado com os amigos.




Vista da Terceira Ponte, que faz a ligação entre Vitória e Vila Velha, de cima do Convento Da Penha. Fotos: Francisco Martins

No dia seguinte, o destino foi a Praia da Costa, em Vila Velha (para mim a melhor da Região Metropolitana). Destaque para a vista panorâmica do alto da Terceira Ponte, que dá acesso ao município. Uma coisa de louco! Não é possível parar o carro - não existe um mirante. Mas vá bem devagarinho, curtindo o visual - as ilhazinhas dentro da ilha principal, o Morro do Moreno, à esquerda, e o Convento da Penha, à direita. Nossa! Em dias de céu claro ou lua cheia, o cenário é deslumbrante.








Convento da Penha, em Vila Velha, de onde se tem uma vista panorâmica das praias do município e da Baía de Vitória. Fotos: Francisco Martins

Sua escolha para tomar um solzinho foi em frente ao Hotel Quality. São dois os pontos mais disputados nas praias de Vila Velha, esse, pelo qual a Sylvia optou, e mais à frente, em Beverly Hills, já na Praia de Itapoã. Infelizmente, ela não conseguiu um lugarzinho no Restaurante Atlântica (27 3329-2341) , que serve a tradicional moqueca capixaba - a mais pedida é a de badejo com molho de camarão, que custa, em média, R$ 67,80. Depois, ela foi comer uma pizza feita com ingredientes locais (me pegou, confesso, esse lugar nem eu conheço! Vou perguntar a ela onde fica).

No outro dia ela pegou uma chuvarada (aqui quando São Pedro dá o ar da graça, o que é raro, sai de baixo!). Mesmo assim enfrentou a Rodovia do Sol (pagou dois pedágios, na ida e na volta) e foi com destino a Guarapari, mais especificamente, Nova Guarapari, Praia de Peracanga, na Enseada Azul, que forma um conjunto com as praias de Guaibura, Mucunã e Bacutia - essa última é o "it" mais disputado do verão.

E ainda teve disposição, na hora que a chuva deu uma treguinha, para comer a moqueca do Curuca, em Meaípe - o local tem a honra de possuir o selo de melhor moqueca do Brasil. E o Curuca é uma figura! O restaurante, então, nem se fala, só indo lá para ver e crer. Bem, o roteiro de Sylvia é nota 10.




A Pedra Azul, que tem esse nome porque o contato do sol com os líquens na rocha dá essa tonalidade azul. Destaque para o lagarto, à direita. Foto: Divulgação

Mas eu ainda acho que ela deveria ter dado uma chegadinha em Pedra Azul, em Domingos Martins (mas acho que não deu tempo, fica para a próxima). Com certeza, ela ia adorar! Essa é uma das vantagens do Espírito Santo, você pode sair da praia, pegar a BR 262, e em 40 minutos alcançar a Região de Montanhas. Lá existem muitas pousadas aconchegantes. Uma delas, recém-inaugurada é a Rabo do Lagarto. É simplesmente um charme!


O quarto da Pousada do Lagarto, a roupa de cama é 100% algodão. E a decoração é rústica, mas chique. Foto: Divulgação

Bem, eu ainda pretendo falar muito, muito mesmo, do Espírito Santo no giragiramundogira. Até porque moro aqui e tenho muitas sugestões para dar (afinal edito um caderno de turismo e entendo pelo menos um pouco do assunto).

Mas fico muito feliz em saber que outros viajantes andam aportando por aqui e, o melhor, comentado blogs afora sobre as belezas capixabas. Parabéns Ricardo Freire.


2 comentários:

  1. Oi Raquel! Adorei seu texto sobre Vitoria, deu pra matar a saudade... Não conhecia seu blog, vim atraves do comentario no Viaje na Viagem. Como sou muito boa em nomes (e pessima em fisionomia) eu sabia que conhecia seu nome e lembrei que nós viajamos juntas há anos atrás para uma feira de turismo em SP. Trocamos cartao e tudo, mas nao acredito que va se lembrar de mim. Hoje moro em Angola e seu blog vai ser meu companheiro pra matar saudades de casa... Parabens!

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  2. Nossa! Que surpresa...! Então, meu blog ainda é novo... Ainda estou engatinhando... Realmente, não estou me lembrando de você, mas que memória, heim! Mas gostaria de me lembrar.... Então, provavelmente, na época que viajamos, eu já fazia o caderno de turismo (que hoje se chama Viagem.AG), do jornal A Gazeta, não? Ah! Mas que bom que esteve por aqui, me visitando, fico feliz! E continue me seguindo (rs). Estarei sempre publicando alguma coisa do ES.... Quer dizer que está em Angola? E que tal? O que está fazendo aí? Deve ser interessante.... Abraços

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