quarta-feira, 3 de junho de 2009

Pra lá de Marrakech (Parte III)








Em Marrakech pisei no mesmo chão que Angelina Jolie e Brad Pit. Pode parecer pouco, mas pra mim já foi o suficiente (até porque sou fá deles). Tudo bem, não dei sorte, os dois não estavam lá no momento em que visitei o riad Sublime Ailleurs (http://www.sublimeailleurs.com/), que como já disse é comandado pelo divertido Augusto Rodrigues (na foto, à direita, junto comigo e o mordomo servindo chá de menta), que nos contou histórias muito interessantes sobre o Marrocos.


Mas para usufruir do charme desse "hotel" cinco estrelas, o visitante precisa desembolsar no mínimo 750 euros por dia. Para quem tem dinheiro, vale a pena, pois é a oportunidade de entrar em contato com o cotidiano dos muçulmanos (e só se hospedando na casa de um marroquino ou ficando num riad isso é possível). Claro, existem outros bem mais acessíveis.

Paga-se caro para ficar no Sublime Ailleurs, sem dúvida. Mas, por outro lado, ali se tem privacidade e atendimento personalizado. Por isso, o local é tão procurado por personalidades do mundo todo. E não precisa ir muito longe para conhecer alguém que já teve a satisfação de estar nesse charmoso riad - o governador Paulo Hartung, por exemplo, já desfrutou dos seus serviços. Só para ter uma ideia, não existem apartamentos, são apenas oito casas, completamente individuais, com piscina própria. Além de mordomo e governanta 24 horas. E caso queira fazer uma festa particular, eles providenciam tudo.

Rodrigues explicou que nas residências muçulmanas sempre existe um lugar aberto, com uma fonte de água (símbolo da vida) no meio, cercada por árvores (foto), de preferência limoeiros ou laranjeiras. Assim também acontece nos riads, que possuem uma arquitetura típica. Foi nesse ambiente cheio de energia positiva que fizemos nosso lanche.

Enquanto degustávamos o chá de menta, a mesa estava linda! (foto), Rodrigues foi contando várias histórias, principalmente das festas particulares que são realizadas pelos mais abastados no Marrocos. Como ele mesmo disse, esses eventos são verdadeiros contos de fada, com direito a príncipe, princesa, rei, rainha... No Marrocos ainda prevalece a monarquia absoluta - o que o rei diz, tá dito.

E por isso mesmo, como explica Rodrigues, o visitante está muito mais seguro ali do que, por exemplo, no Brasil. E por uma razão simples: no Marrocos qualquer desvio de comportamento não acaba apenas com a pessoa que o está causando, desonra a família toda. Assim, pode andar pela medina (onde estão os souks, mercados a céu aberto) sossegado. Apesar das milhares de pessoas que circulam pelo local, diariamente, você está protegido, até porque a polícia turística está sempre alerta.

Ah! A medina.... Uma coisa de louco (que, claro, merece um post à parte). Como disse um dia o escritor norte-americano Paul Bowles, que morou muitos anos no Marrocos: "Sem a Djemaa el Fna, Marrakech seria apenas uma cidade como outra qualquer". Ele tem razão, e só estando lá para ver e crer.

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