quarta-feira, 13 de maio de 2009

À beira do Douro


A principal cidade do Norte de Portugal é, com certeza, o Porto. Se você está em Braga, é só pegar o trem (a passagem custa 2,15 euros, cerca de R$ 6,35). A viagem dura aproximadamente 1 hora (prepare-se: são ao todo 24 estações até chegar ao destino). São vários horários, o que lhe dá a oportunidade de fazer um bate-e-vota.

A Estação de São Bento é, simplesmente, linda! Os painéis de azulejos, típicos portugueses, chamam a atenção, assim como a bela arquitetura. Infelizmente, entrei numa fria (dificilmente caio nessas ciladas para turistas, mas dessa vez...).
Como só ia ficar um dia, resolvi comprar um tíquete daqueles ônibus especiais para visitantes, de dois andares (o segundo fica a céu aberto), que dá direito a percorrer três trajetos diferentes, descendo e subindo a hora que você bem entender. Paguei 10 euros (Ah! Se arrependimento matasse...). É furada, principalmente o amarelinho (tem um vermelho. Aliás, bem melhor). Ambos dão direito, também, a andar nos ônibus de linha (mas isso não é nenhuma vantagem).


Por que é fria? É simples, num dia apenas de passeio você só vai conseguir visitar o centro histórico da cidade - aliás, a parte mais bonita. E isso pode ser realizado a pé. E, depois, os percursos dos ônibus não são bons (pelo menos dos amarelinhos). E o pior: você fica uma eternidade no ponto e o "bendito" nunca passa, é um saco! No final, quando percebe, as horas já passaram... E você só conseguiu fazer um roteiro e, mesmo assim, sem descer nos monumentos principais.


A melhor opção é ficar mesmo pelo centro histórico. Na Ribeira (parte baixa da cidade, à beira do Rio Douro), vale a pena sentar num dos pequenos restaurantes e, enquanto degusta tripas à moda do Porto (prato parecido com a nossa dobradinha), com vinhos de boa cepa, aproveite para curtir a paisagem: a Ponte D. Luís, os rabelos (embarcações que antigamente levavam os barris de carvalho com o vinho), e o belo casario.


Não deixe de atravessar a ponte, o que pode ser feito a pé, até Vila Nova de Gaia, do outro lado do rio. Ali, encontram-se várias caves, que mostram o processo de produção do vinho do Porto - a maioria pode ser visitada. Eu preferi fazer o roteiro da Ferreira, mas você pode escolher entre outras: Calém, Borges, Cintra, Romariz e Fonseca (portuguesas) ou Sandermans, Crofts, Warres e Cockburns (inglesas). Em todas elas aprende-se as diferenças entre um Vintage, Ruby e Tawny.


No final da visita, claro, uma degustação de vinhos e, de quebra, uma confraternização entre pessoas de várias partes do mundo. E na saída, para quem quiser, uma loja com os produtos da marca à venda - uma boa dica de presente. O deus Baco, agradece.








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