Navegando pela internet, encontrei um artigo muito interessante sobre a culinária e os vinhos portugueses, inclusive sobre a melhor harmonização de famosos pratos lusitanos com a bebida do deus Baco. E na última viagem que fiz, em maio, pude constatar melhor essa relação. Como já disse, anteriormente, não entendo nada do assunto, tanto de um, como do outro. Mas sou "boa de garfo" e adoro beber vinho. O texto contou com a colaboração do senhor Antônio Maia, do restaurante Santa Catarina, em Figueira da Foz.
O autor (que não assina o texto) faz uma análise geográfica dos pratos típicos e vinhos de algumas regiões lusitanas. "De fato, a qualidade de uma refeição está estreitamente ligada à qualidade do vinho que a acompanha".
Então vamos às considerações:
A Região do Minho oferece o delicioso vinho verde (que já tive a oportunidade de experimentar várias vezes em viagem a Portugal). O tinto é bom para acompanhar o Serrabulho, feito com carne de porco frescas e sangue de porco cozido com batatas. Já o branco, pelo grau alcóolico mais baixo, servindo quase de "refresco", serve para um aperitivo de final de tarde de verão, com mariscos ou até com leves entradas de barbecue.
Em Trás-os-Montes, a dica são os vinhos frutados, que vão bem com um saboroso Coelho à Transmontana ou umas Trutas do Rio Cávado. Já o famoso Cozido à Portuguesa (como comi isso na minha infância! Ainda como!) cai bem com um tinto Transmontano. Os brancos da região são ideais para gratinados.
Vale a pena fazer um passeio de barco pelo Rio Douro, principalmente em setembro, durante a vindima. A paisagem é, simplesmente, belíssima
Já o Cabrito Assado no Forno, especialidade da Região do Douro, cai bem com um tinto produzido em seu entorno. Já o rosé é excelente acompanhante para petiscos antes da refeição ou pratos ligeiros de primavera e verão, como massas ou saladas frias. Bem, o vinho do Porto, geralmente doce (existem também alguns secos), são bons para aperitivos ou para acompanhar sobremesas. Algumas vezes são utilizados na confecção de pratos, normalmente para refrescar os molhos. No inverno, ele vai bem, de preferência aos pés de uma lareira, para degustar queijos e frutos secos do Nordeste português.
A Região do Dão oferece a Chanfana, que vai bem com um tinto velho, aveludado, com um bom "bouquet". Já o famoso Arroz de Cabidela de Cabrito casa harmoniosamente com um vinho tinto novo, pelo seu sabor fresco e floral.
Mais ao norte, na Serra da Estrela, um lugar muito agradável, a dica é comprar um delicioso queijo (como um que leva o mesmo nome da cidade) e degustar com um tinto da Região do Dão.
Mais ao norte, na Serra da Estrela, um lugar muito agradável, a dica é comprar um delicioso queijo (como um que leva o mesmo nome da cidade) e degustar com um tinto da Região do Dão.
Bem, sabe aquele leitãozinho gostoso, acompanhado de batatas fritas, muito comum na Região de Bairrada, combina bem com um espumante. Mais ao sul, a Região Ribatejana, as Terras do Sado de Palmela, oferece a casta castelão ou periquita (o último é bastante famoso no Brasil) que são ótimos para acompanhar o queijo de Azeitão.
Em Setúbal, destaque para os vinhos doces, como o Moscatel, adequados para servir com sobremesas ou beber como digestivo entre duas refeições. Nas planícies alentejanas os vinhos são mais gordos, ricos e aveludados para acompanhar a tradicional caça.
No Algarve, litoral de Portugal, os vinhos brancos, principalmente da Zona de Lagoa, vão bem com mariscos frescos e camarões cozidos. Como aperitivo, o melhor é um Madeira Seco, que estimula o apetite para a refeição.
No Algarve, litoral de Portugal, os vinhos brancos, principalmente da Zona de Lagoa, vão bem com mariscos frescos e camarões cozidos. Como aperitivo, o melhor é um Madeira Seco, que estimula o apetite para a refeição.
"Todos esses vinhos e gastronomia representam a forma de ser e estar dos portugueses e dos valores a eles ligados, alegria de viver, sol, luz, prazer, bem-estar, cultura, história, geografia, caráter, integridade..."
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