Mostrando postagens com marcador Pedra Azul. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Pedra Azul. Mostrar todas as postagens

sábado, 1 de agosto de 2009

Um passeio em Pedra Azul e região

Estive em Pedra Azul, no final de semana passado, a convite do VillagioItalia, um condomínio fechado, cujas obras vão começar agora - a expectativa é que o empreendimento fique pronto até 2013 - e que funcionará como um Spa & Resort. Segundo um de seus empreendedores, Lucas Izoton, a ideia é trazer "um pedaço da Itália para essa bela região capixaba".

Como diz meu amigo, Genildo, infografista do jornal A GAZETA, as curvas femininas da Pedra Azul

Domingos Martins abriga uma grande colônia de descendentes italianos. E basta fazer um passeio por lá para descobrir que as tradições dos primeiros imigrantes que chegaram à região não foram esquecidas. O local é um dos mais aprazíveis do Espírito Santo e oferece uma excelente infraestrutura aos visitantes.

Em meio à bela paisagem, uma rocha, que leva o mesmo nome do distrito, é a principal atração local - destaque para a sua tonalidade azul, que se dá em decorrência do contato da luz do sol com os líquens. Além disso, a pedra carrega um lagarto (a imaginação do homem vai longe...).

Novamente a Pedra Azul

Fiquei hospedada na Pousada Peterle, uma das mais antigas do local, cujos chalés foram fabricados com eucaliptos. Simpática, oferece um delicioso café da manhã, com produtos típicos da roça. E como a maioria dos meios de hospedagem na região, fica aos pés da Pedra Azul.

Os chalés de eucalipto da Peterle

Mais um chalé

A vista de manhã da janela de um dos chalés

Mas existem muitas opções de pousadas. Uma das mais novas, como já falei num outro post, é a Rabo de Lagarto, que fica no final da Rota do Lagarto, que começa na Peterle e vai até São Paulinho de Aracê, uma estrada asfaltada de 8 quilômetros, de onde se pode apreciar a rocha de vários ângulos - uma hora ela é simplesmente a Pedra Azul, em outra, vira a Pedra do Lagarto ou a Pedra do Elefante.


A Pedra Azul, foto tirada da Rota do Lagarto. Olhe para a sombra na rocha. O que você vê? Não parece um casal dançando apaixonadamente? São palavras de Genildo, que nasceu nessa terra

Dá para fazer o circuito de carro ou a pé. No segundo caso, é melhor, pois dá para ir parando e fazendo "cliques" bem interessantes com a máquina fotográfica. No caminho, agricultores vendem caixinhas de morangos, vermelhinhos, vermelhinhos, que dão água na boca - cinco por R$ 10 (um achado!). E, também mexericas.

No trajeto, outra pousada, a Pedra Azul, projetada por Zanine, se destaca na paisagem. O local abriga um lago e uma cachoeira, com 60 metros. Além de um ótimo restaurante, que está concorrendo, pelo segundo ano consecutivo, ao Prêmio Prazer & Cia, do jornal A GAZETA.

Também vale a pena visitar a sede da Fjordland - Cavalgada Ecológica Pedra Azul , onde é possível agendar um delicioso passeio em cavalos noruegueses, da raça Fjord. Qualquer pessoa pode realizar a trilha, os animais são mansos. Mas é preciso agendar antes - vagas, agora, só para setembro.

Cavalos noruegueses, da raça Fjord. Belíssimos!

A trilha leva até o mirante do Lagarto, que fica a 1.200 metros de altitude. A paisagem é belíssima e muda conforme a estação. Agora, no inverno, o cenário inclui o capim meloso (Melinis minutiflora), cujas flores se abrem nessa estação, e as brumas, que aparecem no início da manhã e no entardecer, que conferem um ar europeu ao percurso.

Destaque, também, para as andorinhas que migram nesta época das regiões geladas do sul do continente e se abrigam nas fendas do Lagarto. Já em maio, o que mais se vê são os margaridões amarelos (Tithonia diversifolia), que só florescem nesse período.

O local oferece uma charmosa cafeteria, com um deque de 200 metros quadrados, com vista privilegiada, claro, para a Pedra Azul, onde se pode degustar o famoso café Heimen, 100% arábica, reconhecido internacionalmente. Outra dica, são os criativos drinques à base de café e os lanches rápidos - a grande vedete é o hambúrguer de carneiro.

A Pedra Azul vista do deque da Fjordland

Outras dica na Rota do Lagarto é o Tre-Fiori, que serve um delicioso café colonial, com 60 itens, entre salgados e doces.

Não deixe de visitar, também, a propriedade da família Carnielle, a pioneira do agroturismo na região, onde é possível comprar queijos frescos e conservas - a de tomate seco é, simplesmente, maravilhosa. E o sítio da simpática Tia Cacilda, que vende o famoso socol, uma delícia!

Tia Cacilda

As mãos hábeis de Tia Cacilda cortando o socol. Uma delícia!

Para quem gosta de artesanato, a dica é a lojinha das Voluntárias Pró-Hospital Padre Máximo, em venda Nova do Imigrante, município vizinho, onde 120 mulheres da comunidade doam parte de seu tempo para produzir artesanatos para serem vendidos e cuja renda é revertida para a casa de saúde. No local, é possível encontrar belíssimas colchas, panos de prato, toalhas de mesa, rosto e banho, entre outras peças bordadas à mão, a partir de diversas técnicas. É uma ótima dica para quem gosta de dar um ar rural a sua casa.

Onde ficar


Onde ir

Restaurante Valsugana - Cozinha Italiana - Rod. BR 262, Km 89, Pedra Azul. Tel: (27) 3248-1126

Restaurante Espaço Vellozia - Rod. BR 262, Km 89, Pedra Azul. Tel: (27) 3248-0097


domingo, 19 de julho de 2009

Vitória da Vitória (Parte 2)

Hoje, fui navegar no Viaje na Viagem e fiquei surpresa - e muito feliz, claro - ao ver um post do Ricardo Freire citando o giragiramundogira. É sobre o meu comentário complementando as dicas super-hiper valiosas que a Sylvia deu no blog dele sobre Vitória. Valeu, heim! Brigadão!

E ele ainda completou dando mais duas sugestões legais para quem pretende conhecer o Espírito Santo, mas antes quer dar uma olhadinha via internet para ver o que tem de bom na terrinha.

Duas delas foram enviadas através de um comentário que o Hugo Loureiro fez no post da Sylvia. São links de imagens. De Vitória e Vila Velha. E de Domingos Martins.

E a outra está num post que fala sobre Pedra Azul e Domingos Martins no blog Uma Malla Pelo Mundo.

Muito legal! Dá-lhe Espírito Santo!

Então, curta um pouquinho mais dessa "Delícia de Ilha"



Terceira Ponte, que liga Vitória a Vila Velha e, claro, a Baía de Vitória

O Convento da Penha, em Vila Velha. Fotos: Francisco Martins

sábado, 11 de julho de 2009

A vitória de Vitória

Estava navegando pelo blog de Ricardo Freire e li um post sobre Vitória. Fiquei surpresa e feliz, pois nas palavras dele, trata-se da mais "injustamente subestimada das capitais litorâneas brasileiras". Concordo. É engraçado, moro aqui há 18 anos e só agora Vitória está despontando, ainda que muito timidamente, como um roteiro turístico no Brasil. Nunca entendi muito bem esse descaso.

Por isso, quando leio em algum lugar alguma coisa sobre o Espírito Santo fico muito feliz. Principalmente, num blog como o Viaje na Viagem. Na verdade, o post foi escrito por outra pessoa, que esteve na terrinha recentemente. A Sylvia (autora do texto) deu umas dicas bem legais sobre Vitória (que eu resolvi complementar, espero que ela não se importe).



Novotel Vitória, na Praia do Canto, que fica a cerca de 10 metros do Triângulo das Bermudas. Foto: Divulgação


Ela ficou hospedada no Novotel. Foi uma boa escolha, já que ele está localizado numa das áreas mais nobres da cidade, a Praia do Canto, que oferece boas atrações, tanto de dia, como à noite. Eu sugiro, também, o Radisson, que proporciona uma vista maravilhosa da ilha. Outra opção, são os hoteis da Rede Bristol, são várias unidades na cidade.


O Radisson, um dos hoteis mais luxuosos de Vitória, o restaurante proporciona uma vista maravilhosa da Baía de Vitória. Foto: Divulgação


A Sylvia escolheu para almoçar o Deboni´s, no Mirante da Praça do Papa. Boa! Além da paisagem belíssima do local, o restaurante serve uma deliciosa comida - o sistema é à la carte, com direito à música ao vivo todos os dias. Outra sugestão dela, que eu concordo, é o Papaguth (27 3071-3269), que até o dia 18 deste mês realiza a saborosa Temporada da Lagosta.

Ainda bem que ela apostou numa visita à Ilha do Boi, com suas duas prainhas, a da Direita e a da Esquerda. São as melhores da capital - o local recebe, principalmente nesta época, a galera mais descolada da cidade. O bom aqui, é que mesmo no inverno dá para pegar um bronze.



O Hotel Ilha do Boi, não parece um navio? Foto: Divulgação


A Sylvia também não esqueceu de citar o Hotel Ilha do Boi, localizado bem próximo, que parece um navio entrando na Baía de Vitória (aliás, segundo os comandantes dos transatlânticos, ela é considerada uma das mais belas do mundo). Por isso, sugiro dar uma volta na ilha de catraia (uma espécie de canoa) - para contatar o catraeiro é só ir até o porto (lá tem vários) e combinar o preço. Vale a pena.

Quem quiser pode contatar também a Cores do Mar, que oferece um delicioso passeio de escuna pela Baía de Vitória, com saída do Pier de Camburi, localizado na praia de mesmo nome. A empresa proporciona, também, um belo roteiro de barco pelo manguezal.

Sylvia, é claro, não deixou de visitar a Praia do Canto, que abriga o Triângulo das Bermudas (a parte mais agitada). O bairro concentra boa parte dos restaurantes, bares, cafés e lojas da cidade. A minha sensação quando caminho por suas ruas é a de estar numa pequena Ipanema ou, talvez, num Leblon em tamanho miniatura.

Pelo jeito queria algo despojado, pois escolheu sentar no Saideira, uma choperia, a meu ver, estilo velho oeste, com mesinhas redondas tão altas quanto os bancos ao seu redor. Ótima para tomar um chope e petiscar (ela optou por um sanduíche), principalmente no final da tarde e, claro, de expediente. Ali, o que não falta são opções para sentar e conversar fiado com os amigos.




Vista da Terceira Ponte, que faz a ligação entre Vitória e Vila Velha, de cima do Convento Da Penha. Fotos: Francisco Martins

No dia seguinte, o destino foi a Praia da Costa, em Vila Velha (para mim a melhor da Região Metropolitana). Destaque para a vista panorâmica do alto da Terceira Ponte, que dá acesso ao município. Uma coisa de louco! Não é possível parar o carro - não existe um mirante. Mas vá bem devagarinho, curtindo o visual - as ilhazinhas dentro da ilha principal, o Morro do Moreno, à esquerda, e o Convento da Penha, à direita. Nossa! Em dias de céu claro ou lua cheia, o cenário é deslumbrante.








Convento da Penha, em Vila Velha, de onde se tem uma vista panorâmica das praias do município e da Baía de Vitória. Fotos: Francisco Martins

Sua escolha para tomar um solzinho foi em frente ao Hotel Quality. São dois os pontos mais disputados nas praias de Vila Velha, esse, pelo qual a Sylvia optou, e mais à frente, em Beverly Hills, já na Praia de Itapoã. Infelizmente, ela não conseguiu um lugarzinho no Restaurante Atlântica (27 3329-2341) , que serve a tradicional moqueca capixaba - a mais pedida é a de badejo com molho de camarão, que custa, em média, R$ 67,80. Depois, ela foi comer uma pizza feita com ingredientes locais (me pegou, confesso, esse lugar nem eu conheço! Vou perguntar a ela onde fica).

No outro dia ela pegou uma chuvarada (aqui quando São Pedro dá o ar da graça, o que é raro, sai de baixo!). Mesmo assim enfrentou a Rodovia do Sol (pagou dois pedágios, na ida e na volta) e foi com destino a Guarapari, mais especificamente, Nova Guarapari, Praia de Peracanga, na Enseada Azul, que forma um conjunto com as praias de Guaibura, Mucunã e Bacutia - essa última é o "it" mais disputado do verão.

E ainda teve disposição, na hora que a chuva deu uma treguinha, para comer a moqueca do Curuca, em Meaípe - o local tem a honra de possuir o selo de melhor moqueca do Brasil. E o Curuca é uma figura! O restaurante, então, nem se fala, só indo lá para ver e crer. Bem, o roteiro de Sylvia é nota 10.




A Pedra Azul, que tem esse nome porque o contato do sol com os líquens na rocha dá essa tonalidade azul. Destaque para o lagarto, à direita. Foto: Divulgação

Mas eu ainda acho que ela deveria ter dado uma chegadinha em Pedra Azul, em Domingos Martins (mas acho que não deu tempo, fica para a próxima). Com certeza, ela ia adorar! Essa é uma das vantagens do Espírito Santo, você pode sair da praia, pegar a BR 262, e em 40 minutos alcançar a Região de Montanhas. Lá existem muitas pousadas aconchegantes. Uma delas, recém-inaugurada é a Rabo do Lagarto. É simplesmente um charme!


O quarto da Pousada do Lagarto, a roupa de cama é 100% algodão. E a decoração é rústica, mas chique. Foto: Divulgação

Bem, eu ainda pretendo falar muito, muito mesmo, do Espírito Santo no giragiramundogira. Até porque moro aqui e tenho muitas sugestões para dar (afinal edito um caderno de turismo e entendo pelo menos um pouco do assunto).

Mas fico muito feliz em saber que outros viajantes andam aportando por aqui e, o melhor, comentado blogs afora sobre as belezas capixabas. Parabéns Ricardo Freire.