Pois bem, dormi apenas uma noite em Casablanca. Logo pela manhã peguei o trem das 9 horas com destino a Marrakech. Na verdade, primeiro embarquei num "petit taxi" para Casa Voyager, a estação de onde sai o trem para lá. Pegar táxi no Marrocos é muito barato (mas exija, sempre, que o motorista ligue o taximetro). Só para ter uma ideia, 10 euros valem 100 dirhams (a moeda local). O percurso do taxi do hotel até a estação custou 20 dirhams (2 euros).
A passagem de trem de Casablanca a Marrakech custa 35 dirhams (3,50 euros), de primeira classe. São 3 horas de viagem, vá pela manhã ou no final da tarde, pois o calor é intenso e a locomotiva não tem ar-condicionado. Em Casa Port, enquanto o trem não chegava, eu e minha irmã conhecemos a simpática Amina (foto), uma graça de senhora, vestida tradicionalmente, que nos contou um pouco de sua vida.
Disse que já tinha sido casada, seu marido morreu, e ela ficou com as três filhas. Os dois eram funcionários públicos. Hoje, ela é aposentada e aproveita a vida viajando. Estava em Casablanca visitando uma das filhas. Tem uma, inclusive, que mora na América. Ela falou um pouco sobre Marrakech, o que me deixou ainda mais curiosa. Antes de entrar no trem se despediu nos dando dois beijinhos – tudo bem diferente do que o mundo costuma mostrar na mídia.
Pessoas assim é que tornam as viagens agradáveis e nos deixam sempre com vontade de voltar – aliás, acho que temos muito o que aprender com os muçulmanos.
E finalmente embarcamos no trem para Marrakech.