sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Retratos do Brasil (Foto 3)


"Petisco Escarlate" (por Valdemir Cunha)
Guará-vermelho, Ilha de Marajó, Pará

Quem pintou de vermelho as penas do guará? Foi o gostoso caranguejo-uçá, petisco diário que enche de vermelhidão a pança do pássaro. Quanto mais rubra a plumagem, mais saciado o bicho. E mais colorido o manguezal.

Retratos do Brasil (Foto 2)

"Cidade Submersa (por Valdemir Cunha)
Parrachos de Maracajaú, Rio Grande do Norte

Há uma enorme cidade submersa a 7 quilômetros da costa potiguar. Onde as casas são feitas de arrecife e onde seus habitantes - sós ou em cardumes - passeiam coloridos e atrevidos pelas ruas de água transparente


Retratos do Brasil (Foto 1)

A Gol Linhas Aéreas lançou uma série de cartões-postais chamada "Retratos do Brasil". São cliques de várias partes do Brasil captadas pelas lentes do fotógrafo Valdemir Cunha. A partir de hoje estarei disponibilizando essas imagens, maravilhosas, que mostram um pouco das belezas de nosso país


"Atenção ao Chamado" (por Valdemir Cunha)

Peão pantaneiro em Miranda, Mato Grosso do Sul


Quem ouve o homem do Pantanal quando ele sopra seu berrante? Os bois e todos os seus infinitos habitantes da planície: garças, tuiuiús, araras, cervos, tamanduás, onças, jaguatiricas, ariranhas. Mas só os bovinos obedecem. Felizmente

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Turismo, só se for sustentável

Hoje, turismo, só se for sustentável. É esse, justamente, o tema do "Architectour 2009: Seminário Internacional de Arquitetura para o Turismo", que será realizado de 8 a 10 de setembro, no auditório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O objetivo do evento é c
riar estratégias de valorização da cultura e preservação do meio ambiente, incentivar o debate acerca do modelo atual de turismo e promover políticas que privilegiem o turismo sustentável.

O encontro vai reunir profiisionais como arquitetos, urbanistas, designers, engenheiros, administradores e empresários ligados ao setor, além de estudantes. Estrelas internacionais já confirmaram presença, como o arquiteto Giordano Lorente, membro do Colégio de Jurados da Sociedade de Arquitetos do Uruguai; a norte-americana Andrea Cochran, especialista em arquitetura e paisagismo, e o vencedor do "RIBA Stirling Pize 2007", o mais importante concurso do Reino Unido que destaca referências de arquitetura, o inglês David Chipperfield.

Indústria e arte

Está pensando em ir para Sampa? Então, aproveite para ver a mostra "Uma Aventura Moderna – Coleção de Arte Renault ", de 11 de setembro a 15 de dezembro, no MAC USP Ibirapuera. A exposição, dentro das comemorações do Ano da França no Brasil, oferece 96 obras – pinturas, desenhos, esculturas e recortes – produzidas e adquiridas entre 1967 e 1985 por meio de um sistema pioneiro de mecenato criado pela empresa. A curadoria é da historiadora Ann Hindry, à frente do acervo Renault desde 1996.

Artistas que marcaram a trajetória da arte no período, como Erró, Jean Dubuffet, Victor Vasarely, Joan Miró, Niki de Saint Phalle, Jean Tinguely, entre outros, utilizaram o parque fabril da Renault como um grande laboratório/ateliê, onde exploraram novos materiais e utilizaram a linha de montagem como fonte de inspiração e de colaboração, fazendo assim surgir novas formas de expressão.

Erró, obra "Madonna"

Erró, obra "Remplacement du Lanceur"

Victor Vasarely, obra "Pokol"

A mostra está distribuída em quatro eixos, que visam destacar os principais estágios desse peculiar momento marcado pela parceria entre indústria e arte. São eles: "O Universo Industrial ", "A Atmosfera Dubuffet", "Pintura Abstrata" e "Pintura Cinética".

Como ressalta Ann Hindry, trata-se de um “encontro histórico” entre o mundo industrial e grandes nomes da arte contemporânea. “Eles apresentaram um espelho, crítico ou sarcástico, mas, ao final de contas, amplificador”, diz.

Serviço
"Uma Aventura Moderna - Coleção de Arte Renault"
Quando: De 11 de setembro a 15 de dezembro de 2009
Onde: MAC USP Ibirapuera
Horário: De terça a domingo, das 10 às 19 horas
Tel.: (11) 5573-9932
Entrada: Franca

sábado, 15 de agosto de 2009

"Elementar, meu caro Watson"

(TEXTO PUBLICADO NO
VIAGEM.AG, SUPLEMENTO QUE EDITO NO JORNAL A GAZETA)

Sempre que vou a Londres, acho a cidade uma incógnita. A começar pelo tempo... O "fog" é permanente, mas é incrível, o clima muda de uma hora para outra. A gente nem dá conta de abrir e fechar a sombrinha... Seja lá qual for a estação do ano.

Para falar a verdade, a única coisa "certa" em Londres, é o Big Ben - britânico como ele só... Resumindo: nunca está adiantado ou atrasado. O que significa que o chá é, realmente, servido às 17 horas - como já diria Sherlock Holmes: "Elementar, meu caro Watson!"

Big Ben (britânico que ele só)

A cidade abriga uma "fauna" eclética. Imagine, uma figura de cabelos azuis, espetados, com várias tatuagens no braço e um piercing na orelha, batendo papo com um rapaz de terno e gravata, muito bem alinhado? Sobre o quê? Negócios, bolsa de valores, arte...


Só em Londres... (Foto: Divulgação)

Assim é Londres. Uma "miscelânea" de gente, que divide o mesmo espaço num trânsito caótico e com um detalhe: as mãos de direção das vias públicas são invertidas e o volante dos veículos fica do lado direito. Uma loucura!

Típico táxi londrino (Foto: Divulgação)

Mas a metrópole é um destino imperdível e deve fazer parte de qualquer roteiro pela Europa - não esqueça de levar um guia turístico, a maneira mais prática de saber o que é prioridade na cidade - tudo depende do tempo que você vai passar lá. Mas uma coisa é certa. Só em Londres você consegue ir num autêntico pub e ziguezaguear pela Victoria Street, como fazia James Bond em um de seus Aston Martin. Ou, ainda, seguir os passos de Sherlock Holmes, com seu cachimbo, pela Baker Street. E ter a sorte, quem sabe, de encontrar Harry Potter pegando o trem na King Cross Station.

James Bonde e seu Aston Martin

Sherlock Holmes e seu inseparável cachimbo

Ou fazer como eu, atravessar a Abbey Road, bem no estilo Beatles de ser, tentando reproduzir a capa do disco feita há 40 anos, no dia 8 de agosto de 1969, pela banda no mesmo local. Pode até parecer meio ridículo, mas 10 entre 10 turistas que visitam a cidade pagam o mesmo "mico".

Foto da capa do disco feita há 40 anos na Abbey Road


Imitação da capa pelos Simpsons


Uma paródia da capa do disco

O problema é que sou fã do quarteto, tanto que estou lendo - no momento - "The Beatles, a Bibiografia", de Bob Spitz, da editora Larousse, com nada mais, nada menos, do que 982 páginas. Aliás, vale a pena!

Bibiografia dos Beatles... Vale a pena ler

Uma curiosidade, a capa do disco não possui absolutamente nada escrito - a ideia foi do diretor de criação da gravadora, John Kosh. Segundo ele, por ser a banda mais famosa do mundo, na época, eles não precisavam de apresentações. Aliás, nenhuma capa foi alvo de tantas paródias e imitações como essa. Inclusive, a minha...

O roteiro em Londres inclui, também, a National Gallery e a Portrait Gallery, que abrigam algumas das melhores pinturas do mundo; a London Eye, uma imensa roda gigante, de onde se tem uma vista maravilhosa da cidade; e as galerias Tate Modern e Tate Britain, a primeira enfoca a arte contemporânea e a segunda reúne um acervo de arte que data de 1500 até hoje.

A National Gallery abriga as melhores pinturas do mundo

London Eye, uma imensa roda gigante, de onde se tem uma vista maravilhosa da cidade

Além do British Museum, com um rico acervo de tesouros e artefatos de todas as partes do planeta; o Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha, onde a troca de guarda acontece todos os dias; o Natural History Museum, com uma magnífica coleção de dinossauros; e o Science Museum, que explica as maravilhas da ciência.

O Natural History Museum oferece uma magnífica coleção de dinossauros

Não deixe de visitar, também, a Abadia de Westminster e o Parliament Square, onde desde 1066 todos os reis britânicos foram coroados; a Torre de Londres, com sua história sangrenta; e a St. Paul´s Cathedral, uma bela obra-prima barroca. Mas isso é só o básico que a cidade oferece - essencial para quem vai pela primeira vez. A metrópole proporciona muitas outras atrações interessantes.

Como gosto de fazer coisas diferentes nas cidades que visito, em Londres dei uma chegadinha no Freud Museum, onde o fundador da psicanálise, Sigmund Freud, e sua filha, Ana, foram viver quando fugiram da Viena ocupada pelos nazistas.


A casa onde Freud morou em Londres quando fugiu da Viena ocupada pelos nazistas


Como sou a favor de "terapias", principalmente freudianas, me encantei com a casa, que abriga a coleção de terracotas de Freud - pura relíquia -, uma biblioteca com os originais de suas primeiras obras, e o famoso divã, onde ele recebia os pacientes e, certamente, interpretava seus sonhos.

A biblioteca de Feud

O famoso divã

Sinceramente, ficaria muito feliz em ter Freud como psicanalista, acho que metade das minhas "neuroses" estariam resolvidas (risos). Mas, tudo bem, me contento com seus "discípulos", tão bons quanto.

Londres é assim, a arquitetura não muda e os ponteiros do Big Ben marcam sempre a hora certa (chegar atrasado num compromisso, nem pensar!)... Mas a cidade nunca é a mesma, muda 24 horas, e sempre oferece alguma novidade, como, agora, época em que os turistas podem assistir a troca de guarda do Palácio de Buckingham ao som de um dos sucessos de Michael Jackson...

Não dá para perder, né? Gostou da idéia? Então, aproveite e compre o próximo guia da "Coleção Guia de Turismo - Viagem.AG", uma promoção de A GAZETA, que traz 100 dicas legais sobre a capital britânica e estará disponível nas bancas a partir de amanhã (dia 16).

domingo, 9 de agosto de 2009

Paris é uma festa

(TEXTO PUBLICADO NO VIAGEM.AG, SUPLEMENTO QUE EDITO NO JORNAL A GAZETA)

A última vez - mas não a derradeira, se Deus quiser - que fui a Paris, em maio deste ano, além do guia turístico sobre a cidade, muito importante em qualquer viagem, pois ajuda a planejar melhor o roteiro, levei na bagagem o livro "Paris é uma Festa" ("A Moveable Feast"), de Ernest Hemingway, que comecei a ler no avião.

Vale a pena ler...

Na verdade, reler, pois a primeira vez que tive contato com a obra foi na faculdade. Ele conta a história de Hemingway, que morou em Paris, de 1921 a 1926, quando ainda era um jovem jornalista free lancer tentando se transformar num escritor. Acho, sinceramente, que ele, (ou o personagem?), escolheu o lugar certo, pois a cidade é pura inspiração.

Durante boa parte do voo, me deliciei com as fofocas sobre as personalidades que faziam parte do seu círculo de amizades, como F. Scott Fitzgerald, Gertrude Stein, James Joyce, Ezra Pound...

Uma das personagens, Sylvia Beach, me chamou a atenção, pois foi a fundadora da Shakespeare and Company - livraria especializada em publicações de língua inglesa, que existe até hoje.

A livraria por fora



E por dentro.... Pode escolher...

Conta-se que ela costumava emprestar livros a escritores que estavam começando a carreira e, consequentemente, sempre duros, como Hemingway, sem cobrar e sem se importar se um dia lembrariam de devolvê-los.

Isso, aliás, é a cara da cidade, que tem como lema o "art de vivre". Como gosto muito de ler, resolvi inclui-la, pela primeira vez, no meu roteiro - apesar de estar cansada de saber que Paris esconde uma livraria em cada esquina - uma mais descolada do que a outra. Normal, numa cidade onde dentro do vagão do metrô, até em pé, se encontram pessoas, inclusive crianças, com um livro aberto.

É exatamente esse jeito de viver dos franceses que faz da cidade um sonho de consumo, principalmente para os amantes das artes. Não só a arte que está nos museus - e são tantos...

Mas, também, aquela que circula pelas ruas, está dentro das casas, no clima descolado das brasseries, nas vitrines fashion das lojas, na arquitetura e nas doces tentações das boulangeries (espécie de padaria). Porque vamos combinar, os franceses podem até ser esnobes, mas têm um bom gosto...

Até as linhas imponentes da Torre Eiffel, obra que gerou muita polêmica antes de ser inaugurada em 1889, são elegantes, levando-se em conta seu peso, 10.100 toneladas, e sua altura, 320 metros.

O monumento, considerado de mau gosto na época, hoje recebe, anualmente, 6 milhões de visitantes, considerando, apenas, os que sobem ao seu topo. Aliás, a Torre Eiffel, normalmente, é o primeiro programa que os turistas fazem na cidade.

A minha dica para os casais que vão visitá-la na primavera é levar duas tacinhas - de cristal (por favor!) -, uma champanhe, e curtir o entardecer (que neste período começa lá pelas 20 horas), no local. Só quando as luzes da torre começam a despontar é que você se dá conta de que, realmente, está na "Cidade Luz".

La Tour Eiffel - o entardecer...


.... visto do jardim em frente...

...Na primavera, em maio...

...Ainda não escureceu totalmente...


...E as luzes já começam a despontar...

... E finalmente, à noite cai...

Em Paris, a vida funciona assim mesmo, comendo uma baguete com jambon em frente ao Museu do Louvre, um crepe de Nutella nas ruas de Sant Michel, bebendo uma cerveja no Jardin de Tuileries... Ninguém liga... lembre-se: é o "art de vivre"...

Um viver que inclui, também, para quem vai à cidade pela primeira vez, o Museu d´Orsay, o Museu do Louvre, o Centre Georges Pompidou, Notre Dame, Sacré-Coeur, o Arco do Triunfo, o Panthéon e o Hotel des Invalides. Isso, só para começar, porque quem vai a Paris uma vez, vai duas, três, quatro, cinco... E, acredite, é sempre uma nova experiência. Inesquecível!

Com o tempo, e um bom guia turístico em mãos, você vai descobrindo em cada viagem locais que fogem ao lugar-comum, pelo menos é o que acontece comigo. Nessa visita a Paris, por exemplo, fui levada à Crêperie de Josselin, em Montparnasse - conhecido como o bairro das creperias.

O lugar - comandado por uma família típica francesa - é muito simpático. A dica é o prato da casa - dois crepes, um salgado e outro doce, e mais uma "cidre" - bebida alcoólica de 2% a 8% obtida a partir da fermentação do sumo da maça - por 10 euros. Um achado!

A fachada da Crêperie de Josselin




O crepe doce..... É de dar água na boca


Lugarzinhos assim é que fazem de Paris uma eterna festa, onde se pode dançar só ou acompanhado. O que importa, de verdade, é estar lá. Mas não esqueça de levar um guia turístico atualizado, como o "Guia Turismo 10+", que faz parte de uma promoção do jornal A GAZETA e Viagem.AG.

O próximo, sobre a "Cidade Luz", está disponível hoje, dia 9 de agosto. Mesmo que a cidade ainda seja um sonho para você, vale a pena comprá-lo, primeiro, por causa do preço, e segundo, porque é uma forma de começar a concretizar a viagem. E, claro, participar dessa festa!

Veja La Tour Eiffel em 360º

Creperiê de Josselin

Onde fica: 67, Rue du Montparnasse

Tel: 01 43 20 93 50



sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ganhe uma viagem para a Escócia e leve seu pai

Típico escocês
Basta ser criativo para ganhar uma viagem.... Opções de concursos não faltam. Veja uma delas....

Quer viajar para a Escócia, se hospedar no Castelo de Chivas e conhecer uma das mais importantes destilarias do mundo? E o melhor, acompanhado de seu pai? Então participe do concurso cultural da TAM - Meu Pai, Meu Companheiro de Viagem.

Como? Simples, é só responder, até 31 de agosto, à pergunta “Qual a viagem mais inesquecível que você já fez com seu pai e por quê?”

Os 2º e 3º colocados também podem ganhar uma garrafa de Chivas 18 anos. E do 4º ao 10º colocado, uma garrafa de Chivas 12 anos.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Julie Andrews cantando "Dó, Ré, Mi" na estação de trem da Antuérpia, Bélgica

Imagine uma estação de trem na Antuérpia, Bélgica, numa manhã de segunda-feira. De repente, sem que ninguém esteja esperando, a voz de Julie Andrews começa a soar nos alto falantes, cantando Dó-Ré-Mi. Repare nos olhares perplexos das pessoas, naquele momento mágico. Foram 200 dançarinos e quatro semanas de ensaio, mas o resultado ficou surpreendente!

sábado, 1 de agosto de 2009

Um passeio em Pedra Azul e região

Estive em Pedra Azul, no final de semana passado, a convite do VillagioItalia, um condomínio fechado, cujas obras vão começar agora - a expectativa é que o empreendimento fique pronto até 2013 - e que funcionará como um Spa & Resort. Segundo um de seus empreendedores, Lucas Izoton, a ideia é trazer "um pedaço da Itália para essa bela região capixaba".

Como diz meu amigo, Genildo, infografista do jornal A GAZETA, as curvas femininas da Pedra Azul

Domingos Martins abriga uma grande colônia de descendentes italianos. E basta fazer um passeio por lá para descobrir que as tradições dos primeiros imigrantes que chegaram à região não foram esquecidas. O local é um dos mais aprazíveis do Espírito Santo e oferece uma excelente infraestrutura aos visitantes.

Em meio à bela paisagem, uma rocha, que leva o mesmo nome do distrito, é a principal atração local - destaque para a sua tonalidade azul, que se dá em decorrência do contato da luz do sol com os líquens. Além disso, a pedra carrega um lagarto (a imaginação do homem vai longe...).

Novamente a Pedra Azul

Fiquei hospedada na Pousada Peterle, uma das mais antigas do local, cujos chalés foram fabricados com eucaliptos. Simpática, oferece um delicioso café da manhã, com produtos típicos da roça. E como a maioria dos meios de hospedagem na região, fica aos pés da Pedra Azul.

Os chalés de eucalipto da Peterle

Mais um chalé

A vista de manhã da janela de um dos chalés

Mas existem muitas opções de pousadas. Uma das mais novas, como já falei num outro post, é a Rabo de Lagarto, que fica no final da Rota do Lagarto, que começa na Peterle e vai até São Paulinho de Aracê, uma estrada asfaltada de 8 quilômetros, de onde se pode apreciar a rocha de vários ângulos - uma hora ela é simplesmente a Pedra Azul, em outra, vira a Pedra do Lagarto ou a Pedra do Elefante.


A Pedra Azul, foto tirada da Rota do Lagarto. Olhe para a sombra na rocha. O que você vê? Não parece um casal dançando apaixonadamente? São palavras de Genildo, que nasceu nessa terra

Dá para fazer o circuito de carro ou a pé. No segundo caso, é melhor, pois dá para ir parando e fazendo "cliques" bem interessantes com a máquina fotográfica. No caminho, agricultores vendem caixinhas de morangos, vermelhinhos, vermelhinhos, que dão água na boca - cinco por R$ 10 (um achado!). E, também mexericas.

No trajeto, outra pousada, a Pedra Azul, projetada por Zanine, se destaca na paisagem. O local abriga um lago e uma cachoeira, com 60 metros. Além de um ótimo restaurante, que está concorrendo, pelo segundo ano consecutivo, ao Prêmio Prazer & Cia, do jornal A GAZETA.

Também vale a pena visitar a sede da Fjordland - Cavalgada Ecológica Pedra Azul , onde é possível agendar um delicioso passeio em cavalos noruegueses, da raça Fjord. Qualquer pessoa pode realizar a trilha, os animais são mansos. Mas é preciso agendar antes - vagas, agora, só para setembro.

Cavalos noruegueses, da raça Fjord. Belíssimos!

A trilha leva até o mirante do Lagarto, que fica a 1.200 metros de altitude. A paisagem é belíssima e muda conforme a estação. Agora, no inverno, o cenário inclui o capim meloso (Melinis minutiflora), cujas flores se abrem nessa estação, e as brumas, que aparecem no início da manhã e no entardecer, que conferem um ar europeu ao percurso.

Destaque, também, para as andorinhas que migram nesta época das regiões geladas do sul do continente e se abrigam nas fendas do Lagarto. Já em maio, o que mais se vê são os margaridões amarelos (Tithonia diversifolia), que só florescem nesse período.

O local oferece uma charmosa cafeteria, com um deque de 200 metros quadrados, com vista privilegiada, claro, para a Pedra Azul, onde se pode degustar o famoso café Heimen, 100% arábica, reconhecido internacionalmente. Outra dica, são os criativos drinques à base de café e os lanches rápidos - a grande vedete é o hambúrguer de carneiro.

A Pedra Azul vista do deque da Fjordland

Outras dica na Rota do Lagarto é o Tre-Fiori, que serve um delicioso café colonial, com 60 itens, entre salgados e doces.

Não deixe de visitar, também, a propriedade da família Carnielle, a pioneira do agroturismo na região, onde é possível comprar queijos frescos e conservas - a de tomate seco é, simplesmente, maravilhosa. E o sítio da simpática Tia Cacilda, que vende o famoso socol, uma delícia!

Tia Cacilda

As mãos hábeis de Tia Cacilda cortando o socol. Uma delícia!

Para quem gosta de artesanato, a dica é a lojinha das Voluntárias Pró-Hospital Padre Máximo, em venda Nova do Imigrante, município vizinho, onde 120 mulheres da comunidade doam parte de seu tempo para produzir artesanatos para serem vendidos e cuja renda é revertida para a casa de saúde. No local, é possível encontrar belíssimas colchas, panos de prato, toalhas de mesa, rosto e banho, entre outras peças bordadas à mão, a partir de diversas técnicas. É uma ótima dica para quem gosta de dar um ar rural a sua casa.

Onde ficar


Onde ir

Restaurante Valsugana - Cozinha Italiana - Rod. BR 262, Km 89, Pedra Azul. Tel: (27) 3248-1126

Restaurante Espaço Vellozia - Rod. BR 262, Km 89, Pedra Azul. Tel: (27) 3248-0097